22:09 Postado por Celina Lima
Sobre a raça
O Terrier
brasileiro ou Fox Paulistinha, como também é chamado, apesar de comprovada a
existência histórica desta raça em vários estados do Brasil, originariamente
foi mais comum no interior do Estado de São Paulo, por isso é mais comum o
nome Fox Paulistinha, do que o nome de registro, Terrier Brasileiro, que foi
criado por ocasião do processo de registro da raça, também sempre foi conhecido
no Rio Grande do Sul como Fox, e em Minas Gerais como
floquinho. Foi a terceira raça de cão originalmente brasileira a ser
reconhecida pela Federação, e é a segunda com reconhecimento mais antigo das
que ainda são reconhecidas.
Não se tem
certeza de suas exatas origens, mas há três hipóteses mais difundidas, a
oficial, que consta no padrão oficial da raça Terrier Brasileiro, diz que
descendem de cães do tipo Terrier trazidos da Europa pelas esposas
dos filhos de fazendeiros, que muito freqüentemente, a partir de meados do século
XIX e início do século XX, iam estudar na Europa, e quando
retornavam, muitas vezes casados, traziam pequenos cães do tipo Terrier, que
eram muito comuns entre as famílias mais abastadas deLondres e Paris nesta
época, possivelmente eram das raças Parson Russel Terrier, Jack Russel
Terrier e Fox Terrier de pelo liso, que eram raças muito comuns na Inglaterra neste
período. E estes cães ao cruzarem com cães das fazendas no Brasil, e no campo
sendo aproveitados na caça, na guarda e em menor escala no pastoreio de
ovelhas, teriam criado em poucas gerações uma nova raça. Com o desenvolvimento
das grandes cidades, os fazendeiros e suas famílias migraram para os grandes
centros urbanos, desta forma o Fox Paulistinha sofreu outra mudança de ambiente
que teria contribuído em sua formação. Onde inclusive teve a importante
função de guardar as mercadorias dos armazéns da ação predatória de roedores.
Há outra
hipótese bem forte, e com dados históricos que diz que cães de tipo Terrier,
sem precisão de raça definida, viajavam como caçadores de ratos em navios
mercantes, principalmente nos ingleses, desde o século XIX. Os cães teriam sido
tripulação fixa nestas embarcações devido ao receio que a população européia
tinha da peste negra, e os cães ajudavam no controle dos ratos. E ao
aportarem em portos brasileiros, teriam cruzado com cães locais adaptados as
características ambientais brasileiras, e assim acredita-se que o Terrier
Brasileiro teria se originado. Este mesmo processo teria criado outras
raças em outros países. Uma ultima hipótese menos difundida diz que o Terrier
Brasileiro é um cão indígena da região onde é hoje o Estado de São Paulo.
Tendo o mesmo
padrão rácico desde 1920, a primeira tentativa de reconhecimento ocorreu
em 1964, mas pelo baixo número de registros o processo foi cancelado.
Depois de muito trabalho por parte de alguns criadores, a raça recebeu o
reconhecimento provisório em 1995 e o definitivo em 2006. Esse
processo é feito pela FCI, com sede na Bélgica e que tem uma série de
regras a serem cumpridas antes do reconhecimento definitivo como comprovar
ausência ou controle de doenças genéticas, número mínimo de exemplares sem
parentesco próximo, ninhadas que nasçam homogêneas, etc.
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