Saúde


O Terrier Brasileiro, o nosso querido Fox paulistinha, é um cão que dispensa maiores cuidados. Um banho, na hora mais quente do dia com sabão neutro a cada 15 dias, sem necessidade de secador, é o suficiente, desde que se escove, pelo menos a cada dois dias, com uma escova de cerdas duras ou uma luva de borracha, à seco, para a retirada de pêlos mortos.

Deve-se manter o cão livre de parasitas (pulgas, carrapatos, ácaros) que provocam pruridos (coceiras). Ao se coçar o cão provoca ferimentos na pele, prejudicando a pelagem e abrindo uma porta para infecção oportunistas (como micoses, por exemplo).

Para evitar o aparecimento de ácaros nos ouvidos, recomenda-se a aplicação, após a limpeza com um cotonete embebido em álcool ou éter, de um anti micótico. Fale com seu veterinário para que ele indique um, dos vários existentes no mercado.

Quanto aos vermes, o problema é sério, pois eles se alimentam de proteínas que retiram do animal, debilitando-o, minando a sua resistência às doenças e comprometendo a sua saúde, além de provocar enterites (infecções intestinais), que podem até levar o bichinho à morte. para evitar isso, recomenda-se doses periódicas de vermífugos de amplo aspecto existentes no mercado. Consulte seu veterinário para melhores orientações, e siga à risca suas instruções neste sentido.

Embora seja um cão de pequeno porte e para espaços exíguos, recomenda-se passeios diários: uma hora de caminhada, para cães que moram em apartamentos, é o ideal; o Fox paulistinha é um cão muito ativo e precisa extravasar esta vitalidade.

Quanto à alimentação, deve-se usar ração industrializada de primeira linha, pois uma ração de boa qualidade dispensa complementos vitamínicos e/ou alimentares, pois já é balanceada de acordo com as necessidades do animal. Até um ano use a ração específica para filhotes e após um ano, use a de manutenção. A ração especial para filhotes é mais rica em proteínas e cálcio do que a ração endereçada a um cão adulto.

Outra recomendação importante é que se mantenha o Fox paulistinha longe dos portões e lugares onde haja muitos estímulos externos, evitando excitá-lo e provocá-lo; é engraçadinho, mas o prejudica, pois sua pulsação, que já é acelerada, pode se acelerar mais ainda e até provocar ataques cardíacos. desaconselha-se, portanto, que se leve muita agitação para a vida do Terrier Brasileiro: criado em um ambiente tranqüilo, ele terá um temperamento bem calmo. O que não se deve fazer, é colocá-lo em meio a pessoas que o provoquem e que não o respeitem, fazendo com ele brincadeiras inadequadas, fazendo dele um cão irritadiço, nervoso e agressivo. O que o "Paulistinha" (e todo cão) precisa é de muito carinho e bom tratamento. Dizem que o Terrier Brasileiro é um cão de um dono só: fiel e afeiçoadíssimo a ele. Se bem criado torna-se um bom companheiro para adultos e crianças, além de um bom cão de alarme.

Características físicas

  • O seu tamanho médio é entre 32 a 40 cm para machos, e 30 e 38 cm para fêmeas.
  • O peso do Fox Paulistinha varia entre 8 e 10 kg.
  • Sua coloração é de fundo branco, manchas em preto, marrom ou cinza.
  • No rosto o Fox Paulistinha possui uma máscara preta, cinza ou marrom.
  • Suas orelhas são triangulares e pendentes.
  • Sua cauda é comprida, mas existem linhagens com cauda curta ou ausência de cauda.

Temperamento


É um cão carinhoso, afetuoso, ligeiro, amigo, companheiro, arrojado, audacioso, brincalhão, divertido, alegre e, além de formoso é muito inteligente. Aprende tudo com agilidade. Ótimo cão de alarme, companhia e caça. Graças ao seu temperamento é freqüentemente empregado em números de circos. Além disso, é um valente guarda e um bom caçador. Seu instinto de caçador aflora quando encontra animais selvagens, principalmente os de pêlo. Não hesita diante de ratos, perseguindo-os até matá-los sendo nesta tarefa mais eficaz que os próprios gatos. Portanto, se seu Fox Paulistinha necessitar residir com outros animais, acostume-o desde pequeno para evitar problemas futuros. Se o convívio com eles dar início cedo, não existirá confusões. O Terrier Brasileiro é um cão que demanda poucos cuidados, proporcionando muitas alegrias ao dono, é facilmente adaptável a qualquer ambiente. Os banhos são raros por razão da sua pelagem curta, mas não tem problemas com a água, adora nadar. É tranqüilo, adora crianças e é de uma fidelidade sem fronteiras para a família que o adotou, porém desconfiado com estranhos. Seu comportamento é fruto da sua criação, convivendo bem com seu dono e familiares em casa ou apartamento

Sobre a raça


O Terrier brasileiro ou Fox Paulistinha, como também é chamado, apesar de comprovada a existência histórica desta raça em vários estados do Brasil, originariamente foi mais comum no interior do Estado de São Paulo, por isso é mais comum o nome Fox Paulistinha, do que o nome de registro, Terrier Brasileiro, que foi criado por ocasião do processo de registro da raça, também sempre foi conhecido no Rio Grande do Sul como Fox, e em Minas Gerais como floquinho. Foi a terceira raça de cão originalmente brasileira a ser reconhecida pela Federação, e é a segunda com reconhecimento mais antigo das que ainda são reconhecidas.
Não se tem certeza de suas exatas origens, mas há três hipóteses mais difundidas, a oficial, que consta no padrão oficial da raça Terrier Brasileiro, diz que descendem de cães do tipo Terrier trazidos da Europa pelas esposas dos filhos de fazendeiros, que muito freqüentemente, a partir de meados do século XIX e início do século XX, iam estudar na Europa, e quando retornavam, muitas vezes casados, traziam pequenos cães do tipo Terrier, que eram muito comuns entre as famílias mais abastadas deLondres e Paris nesta época, possivelmente eram das raças Parson Russel Terrier, Jack Russel Terrier e Fox Terrier de pelo liso, que eram raças muito comuns na Inglaterra neste período. E estes cães ao cruzarem com cães das fazendas no Brasil, e no campo sendo aproveitados na caça, na guarda e em menor escala no pastoreio de ovelhas, teriam criado em poucas gerações uma nova raça. Com o desenvolvimento das grandes cidades, os fazendeiros e suas famílias migraram para os grandes centros urbanos, desta forma o Fox Paulistinha sofreu outra mudança de ambiente que teria contribuído em sua formação. Onde inclusive teve a importante função de guardar as mercadorias dos armazéns da ação predatória de roedores.
Há outra hipótese bem forte, e com dados históricos que diz que cães de tipo Terrier, sem precisão de raça definida, viajavam como caçadores de ratos em navios mercantes, principalmente nos ingleses, desde o século XIX. Os cães teriam sido tripulação fixa nestas embarcações devido ao receio que a população européia tinha da peste negra, e os cães ajudavam no controle dos ratos. E ao aportarem em portos brasileiros, teriam cruzado com cães locais adaptados as características ambientais brasileiras, e assim acredita-se que o Terrier Brasileiro teria se originado. Este mesmo processo teria criado outras raças em outros países. Uma ultima hipótese menos difundida diz que o Terrier Brasileiro é um cão indígena da região onde é hoje o Estado de São Paulo.
Tendo o mesmo padrão rácico desde 1920, a primeira tentativa de reconhecimento ocorreu em 1964, mas pelo baixo número de registros o processo foi cancelado. Depois de muito trabalho por parte de alguns criadores, a raça recebeu o reconhecimento provisório em 1995 e o definitivo em 2006. Esse processo é feito pela FCI, com sede na Bélgica e que tem uma série de regras a serem cumpridas antes do reconhecimento definitivo como comprovar ausência ou controle de doenças genéticas, número mínimo de exemplares sem parentesco próximo, ninhadas que nasçam homogêneas, etc.



Fox Paulistinha


Também é conhecido como Terrier Brasileiro, essa magnífica raça une energia e agilidade a uma grande capacidade de aprendizado. Se for bem adestrado ele pode se tornar um ótimo cão de companhia, de guarda de alerta e até mesmo um caçador de pequenos animais. Juntamente com o Fila Brasileiro, é uma das duas raças nacionais que contam com reconhecimento internacional atualmente.